TSE inicia julgamento de ações que acusam Bolsonaro de abuso de poder político em campanha eleitoral

Possibilidade de segunda inelegibilidade paira sobre o ex-presidente, enquanto o general Braga Netto também enfrenta ameaça à sua elegibilidade

Portal Itapipoca Portal Itapipoca
3 Min Read
- PUBLICIDADE -

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deu início hoje ao julgamento de três ações que acusam o ex-presidente Jair Bolsonaro de abuso de poder político durante a campanha eleitoral do ano passado. Caso seja condenado em alguma delas, Bolsonaro poderá enfrentar sua segunda inelegibilidade, abrindo espaço para um novo cenário político no Brasil. O general Braga Netto, que concorreu ao cargo de vice-presidente na chapa de Bolsonaro na tentativa de reeleição, também se encontra na mira das ações.

- CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE -

A primeira condenação de Bolsonaro pela corte eleitoral ocorreu em junho, quando foi declarado inelegível por oito anos, devido ao abuso de poder político e ao uso indevido dos meios de comunicação. A decisão foi resultado de uma reunião realizada com embaixadores, em julho do ano passado, no Palácio da Alvorada, durante a qual o ex-presidente atacou o sistema eletrônico de votação. Braga Neto, por sua vez, foi absolvido no mesmo julgamento por não ter participado desse encontro.

- CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE -

As novas ações em pauta hoje no TSE acusam Bolsonaro de usar a estrutura da Presidência da República para promover sua candidatura à reeleição. O primeiro processo, movido pelo PDT, alega que o então presidente realizou uma transmissão ao vivo pelas redes sociais no dia 21 de setembro de 2022, dentro da biblioteca do Palácio da Alvorada, para apresentar propostas eleitorais e pedir votos a candidatos apoiados por ele.

O segundo processo trata de outra transmissão realizada em 18 de agosto do ano passado. Segundo o PDT, Bolsonaro pediu votos para sua candidatura e para aliados políticos que também disputavam as eleições, chegando a mostrar os “santinhos” das campanhas.

Já a terceira ação, movida pelas coligações do PT e do PSOL, questiona a realização de uma reunião de Bolsonaro com governadores e cantores sertanejos, entre os dias 3 e 6 de outubro, na qual anunciou apoio político para a disputa do segundo turno.

Na defesa prévia enviada ao TSE, os advogados de Bolsonaro e Braga Netto afirmaram que não houve abuso de poder e que as transmissões não “ensejaram ganho competitivo”, uma vez que não foram veiculados símbolos oficiais, como o brasão da República. A defesa também declarou que a campanha usou redes sociais privadas e pessoais para realizar as lives.

Compartilhe
Deixe um comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

- Advertisement -

Conteúdo protegido!

 

Você não tem permissão para copiar/reproduzir nosso conteúdo!

Enviar mensagem
1
Fale conosco
Envia sua notícia ou denúncia para a nossa equipe de jornalismo!