Mulher atropelada e arrastada em São Paulo morre após semanas internada; crime é tratado como feminicídio

Tainara Souza Santos, de 31 anos, foi atacada em novembro pelo ex-companheiro; autor já estava preso e investigação segue na Polícia Civil

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Morreu na noite dessa quarta-feira (24) Tainara Souza Santos, de 31 anos, após não resistir às graves lesões sofridas em um ataque ocorrido em novembro, no estado de São Paulo. A vítima foi agredida, atropelada e arrastada pelo ex-companheiro, Douglas Alves da Silva, em um crime de extrema violência que gerou comoção nacional. Tainara deixa dois filhos.

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Segundo a Secretaria da Segurança Pública, o autor já estava com a prisão decretada pela Justiça desde o último dia 6 e foi capturado pela Polícia Civil. Com a confirmação do óbito, a tipificação penal foi atualizada. “Com o óbito da vítima, a natureza do crime já foi atualizada para feminicídio consumado. O caso segue sendo investigado pela 73ª Delegacia de Polícia”, informou a pasta em nota oficial.

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As investigações apontam que o crime ocorreu após Tainara decidir encerrar o relacionamento, decisão que não teria sido aceita pelo agressor. Conforme a apuração policial, ela passou a ser perseguida e acabou vítima de uma sequência de atos violentos que culminaram no atropelamento e no arrastamento do corpo pela Marginal Tietê, uma das vias mais movimentadas da capital paulista.

O caso evidencia um padrão recorrente nos crimes de feminicídio registrados no país. Em grande parte das ocorrências, a violência se intensifica após a mulher manifestar o desejo de romper a relação. Dados oficiais indicam que o Brasil registra cerca de 1.500 feminicídios por ano, uma média superior a quatro mortes por dia, e que, na maioria dos casos, o autor é alguém do convívio íntimo da vítima, como companheiros ou ex-companheiros.

Combate ao feminicídio como prioridade

Em pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão, na noite dessa quarta-feira (24), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o combate ao feminicídio será uma das prioridades do governo em 2026. O chefe do Executivo destacou que o enfrentamento à violência contra a mulher é um compromisso de toda a sociedade, com responsabilidade especial dos homens na prevenção e no enfrentamento de comportamentos abusivos.

O governo federal informou que seguirá fortalecendo políticas públicas de proteção às mulheres, ampliando redes de acolhimento e canais de denúncia, com o objetivo de prevenir novos crimes e evitar que tragédias como a que vitimou Tainara Souza Santos se repitam.

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