Corregedor-Geral Eleitoral rejeita recurso de Bolsonaro por investigação contra Lula por uso de meios de comunicação

Ministro Benedito Gonçalves nega pedido de abertura de ação para investigar suposto uso indevido de meios de comunicação por parte de Luiz Inácio Lula da Silva durante campanha eleitoral.

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Na tarde desta segunda-feira, 14 de agosto, o corregedor-geral Eleitoral, ministro Benedito Gonçalves, proferiu seu voto rejeitando o recurso interposto pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. O recurso solicitava a abertura de uma ação de investigação judicial eleitoral (Aije) para apurar a suposta prática de uso indevido dos meios de comunicação por parte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a campanha eleitoral do ano passado.

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O pedido de abertura da ação foi feito durante a disputa eleitoral, quando Bolsonaro buscava a reeleição. A acusação alegava que Lula teria se aliado a perfis influentes nas redes sociais para disseminar calúnias e promover ações coordenadas contra Bolsonaro, caracterizando uma suposta “guerra digital petista”.

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O foco do caso está em um episódio em que Bolsonaro mencionou, em uma entrevista a um podcast, ter “pintado um clima”, fazendo referência a alegações de abuso envolvendo meninas venezuelanas em uma região do Distrito Federal. Os advogados de Lula argumentam que essa fala foi distorcida e descontextualizada por influenciadores para criar uma imagem negativa do ex-presidente, acusando-o injustamente de apologia ao pedofilia.

Na sua decisão, o ministro Gonçalves reiterou sua posição anterior de negar a abertura da Aije. Ele enfatizou que a única evidência apresentada consistia nas próprias publicações de perfis famosos, sem indicativos de uma coordenação das postagens por parte da campanha de Lula. Para o corregedor, essa ausência de provas concretas de uma ação orquestrada não sustenta a alegação de que houve uma manipulação coordenada.

Os advogados de Bolsonaro decidiram recorrer ao plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por meio de um agravo, buscando reverter a decisão do relator. No entanto, o ministro Gonçalves reafirmou sua posição em seu voto no agravo. Ele destacou que os representantes legais do ex-presidente “não apresentaram qualquer indício de atos coordenados entre os autores das postagens”, o que, segundo ele, inviabiliza a alegação de uma ação meticulosa.

A votação ainda não foi concluída, uma vez que os outros seis ministros do TSE ainda não emitiram seus votos. O prazo para a conclusão das votações é até 18 de agosto, a menos que haja solicitação de mais tempo para análise (pedido de vista) ou encaminhamento do caso para o plenário físico (destaque). O resultado final deste recurso terá implicações significativas no cenário político e nas relações entre os dois ex-presidentes.

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